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setembro 2025
Do R7
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) e relator do processo sobre a trama golpista, votou nesta terça-feira (9) pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete acusados de tentar reverter o resultado das eleições de 2022.
O julgamento, conduzido pela Primeira Turma do STF, entrou hoje na fase de votos, etapa em que os magistrados analisam o mérito das acusações e definem eventuais penas.
Logo no início, Moraes rejeitou os questionamentos das defesas e confirmou a validade da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Ele afirmou que é “litigância de má-fé” dizer que os depoimentos do militar são contraditórios e descartou cerceamento de defesa, lembrando que todos os advogados tiveram acesso integral às provas.
No mérito, o relator afirmou que a discussão não era se houve ou não tentativa de golpe, mas a autoria.
Para Moraes, a organização criminosa “praticou vários atos executórios para atentar contra o Estado de Direito”, como o uso da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República) para criar uma “narrativa mentirosa, que ameaçava a integridade da Justiça Eleitoral.”
Em um dos trechos mais contundentes, Moraes criticou as anotações feitas por militares de alta patente.
“Não é razoável achar normal que um general do Exército, quatro estrelas e ministro do GSI, tenha uma agenda com anotações golpistas, uma agenda com atos executórios para deslegitimar as eleições, para deslegitimar o Poder Judiciário e para se perpetuar no poder. Eu não consigo entender como alguém pode achar normal, numa democracia em pleno século 21, uma agenda golpista”, afirmou.
O relator dedicou uma parte do voto para acusar Bolsonaro como “líder do grupo criminoso”. Citou, principalmente, o discurso do dia 7 de setembro de 2021, “quando Bolsonaro falou que só deixaria a cadeira presidencial morto preso ou com a vitória”.
“O líder do grupo criminoso deixa claro aqui, de viva voz, de forma pública para toda a sociedade, que jamais aceitaria uma derrota”, lembrou.
“Isso não é conversa de bar. Não é alguém no clube conversando com um amigo. Isso é o presidente da República, no 7 de setembro, data da Independência do Brasil, instigando milhares de pessoas contra o Supremo Tribunal Federal, contra o Poder Judiciário e especificamente contra um ministro do STF.
Moraes rejeitou a tese de que os réus apenas se limitaram a atos preparatórios e afirmou que a tentativa de golpe já estava em curso.
“No Brasil, sempre que as Forças Armadas defenderam um grupo político que se dizia representante do povo, tivemos um golpe, um Estado de exceção, uma ditadura”, declarou.
Pós-eleição
O ministro afirmou que não se pode esquecer dos atos feitos após o resultado do segundo turno das eleições de 2022, como, por exemplo, tirar os votos de 48% das urnas no segundo turno.
Moraes destacou que no 1º turno não houve problema, já que eles perderiam parlamentares. Então, foi determinada uma multa, classificada como “pequena” por Moraes. “Má-fé”, afirmou Moraes. E depois disso, as conversas sobre o golpe teriam se intensificado.
Rodovias obstruídas
Moraes falou em “omissão” da PRF (Polícia Rodoviária Federal) no movimento de obstrução de rodovias federais pelos caminhoneiros.
“A Polícia Rodoviária Federal simplesmente ignora a obstrução das rodovias federais. Obviamente, a organização criminosa atua de forma que a PRF permita essa obstrução. No dia anterior, durante a operação ilícita, a Polícia Rodoviária Federal não interveio. Foi necessária uma decisão da DPF para que as rodovias federais fossem imediatamente liberadas e os responsáveis retirados. O direito de reunião não prevê a privação do acesso às vias, essenciais para transporte de alimentos, materiais hospitalares e para a execução de políticas federais.”
Relatório das Forças Armadas
Moraes também citou o relatório elaborado a pedido do Ministério da Defesa, em 2022, para avaliar a segurança das urnas eletrônicas. O documento, entregue ao TSE em novembro daquele ano, não apontou fraudes ou inconsistências, apenas sugeriu melhorias no sistema.
Segundo o ministro, a organização criminosa tentou atrasar a divulgação do material porque ele contrariava a narrativa de desconfiança disseminada desde 2021.
Ainda assim, sob pressão, o relatório foi publicado e reforçou que as urnas mais uma vez foram atestadas como seguras.
Cúpula da Câmara Federal decidiu deixar o debate sobre a anistia para depois do julgamento de Bolsonaro, que deve terminar na próxima sexta-feira (9)
Redação
09/09/2025 16:26
(Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos acusados de golpismo do 8 de Janeiro “não tem previsão nem de pauta nem de relator”.
A declaração foi dada nesta terça-feira (9), em meio ao aumento da pressão pela anistia por parte de bolsonaristas e partidos do centrão, no momento em que Bolsonaro é julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na ação da trama golpista.
Na reunião de líderes partidários desta terça, a cúpula da Casa decidiu deixar o debate sobre a anistia para depois do julgamento, que deve terminar na sexta-feira (12). Nesta semana, serão discutidos somente projetos que tenham consenso entre todos partidos.
Segundo relatos, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o vice-líder da oposição, Evair Vieira de Melo (PP-ES), pediram que o projeto da anistia seja a prioridade da Câmara na próxima semana, mas Motta não se manifestou a respeito desse pleito
De outro lado, o PT pede prioridade, na semana que vem, para a votação do projeto de lei que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda a R$ 5.000. No entendimento da deputada Maria do Rosário (PT-RS), vice-líder que estava presente na reunião, Motta indicou que trabalha para que o texto seja analisado no plenário na próxima semana.
Outro tema que ficou escanteado na reunião foi a chamada PEC da blindagem, que está parada na Câmara. Segundo líderes, o tema não foi mencionado, mas há apoiadores da medida que defendem a votação nas próximas semanas.
Já no início da reunião, Motta indicou que a semana seria de agendas consensuais, até porque o presidente da Câmara optou por sessões remotas até o fim do julgamento, o que desobriga os deputados de estarem presentes em Brasília.
Um dos temas que foi para a pauta é a MP (medida provisória) do setor energético, que trata da tarifa social e amplia o fornecimento de energia elétrica gratuita para 16 milhões de pessoas medida considerada prioritária para o governo Lula (PT).
Mesmo entre deputados bolsonaristas, a leitura era a de que Motta não pautaria o projeto da anistia durante o julgamento de Bolsonaro, mas apenas a partir da próxima semana.
As negociações em torno da anistia avançaram nos últimos dias em resposta ao início do julgamento no Supremo e envolveram partidos do centrão e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O próprio Motta, que antes resistia à ideia, afirmou publicamente que estava avaliando o tema o que foi interpretado por políticos como uma sinalização de que ele prepara o terreno para essa votação.
Um líder presente na reunião desta terça-feira diz que, apesar de o encontro ter sido tranquilo, ficou evidente que a pressão será ampliada a partir da próxima semana.
A líder do PSOL, deputada Talíria Petrone (RJ), disse que trabalhará para que a anistia não seja votada. O governo Lula também entrou em campo nesse sentido, com a ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) pedindo, nesta segunda (8), que ministros de partido de centro freiem o avanço do perdão aos golpistas.
Talíria afirmou que a decisão de Motta de votar apenas pautas consensuais “é um respeito ao momento histórico que estamos vivendo com o julgamento que está em curso no Supremo”.
“Se avançasse, nesse momento, a agenda da anistia, isso acirraria uma crise institucional entre Executivo, Legislativo e Judiciário e seria um ataque à democracia feito pelo próprio Parlamento”, completou.
Ministro foi o segundo a votar no julgamento que pode condenar o ex-presidente por tentativa de golpe de Estado
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino seguiu o ministro Alexandre de Moraes e votou para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. O julgamento do caso será retomado na manhã desta quarta-feira (10) com o voto do ministro Luiz Fux.
Diferente do voto de Moraes, no entanto, Dino entendeu que três dos réus (Alexandre Ramagem, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira) tiveram participação menor no caso e, dessa forma, devem receber uma pena diferente dos demais.
Por outro lado, Dino afirmou que Bolsonaro e o ex-ministro Walter Braga Netto foram os mais atuantes na trama. “Em relação aos réus Jair Bolsonaro e Braga Netto, não há dúvida que a culpabilidade é bastante alta e, portanto, a dosimetria deve ser congruente com o papel dominante que eles exerciam”, comentou Dino.
Dino rejeita anistia
Segundo o ministro, os crimes imputados aos oito réus não são passíveis de anistia.
“Esses tipos penais são insuscetíveis de anistia, de modo inequívoco”, ressaltou o ministro, acrescentando que “jamais houve anistia feita em proveito dos altos escalões do poder”. “Nunca a anistia se prestou a uma espécie de autoanistia de quem exercia o poder dominante”, disse Dino.
O ministro citou decisões anteriores para fundamentar seu voto, como votos de Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Luiz Fux. Ao mesmo tempo, ressaltou que decisões judiciais não devem enviar mensagens de impunidade.
Isso, segundo Dino, resultaria na mensagem de que se poderia praticar crimes sem punição.
“Esses crimes já foram declarados pelo plenário do Supremo Tribunal Federal como insuscetíveis de indulto, anistia, portanto, dessas condutas políticas de afastamento ou de extinção da punibilidade”, apontou.
Pressão externa não vai atrapalhar julgamento
Segundo Dino, pressões externas e fatores que não têm relação com o julgamento de Bolsonaro não vão interferir no caso.
“Argumentos pessoais, agressões, coações, ameaças até de governos estrangeiros, não são assuntos que constituem matéria decisória. Quem veste essa capa [toga dos ministros do STF] tem proteção psicológica suficiente para se manter distante disso. E talvez por isso vista essa capa, como sinal de que esses fatores todos extra autos não interferem, e não interferem mesmo”, afirmou.
Dino destacou que, no voto dele, “não há nenhum tipo de recado, mensagem, backlash, nada desse tipo”. Ele também disse que esse “não é um julgamento excepcional” e que ele “não é um julgamento diferente do que nossos colegas magistrados fazem pelo país afora”.
“O que há é o exame estrito daquilo que está nos autos. E que bom que esse julgamento é tão criticado antes de acontecer, durante depois. A única coisa que, como brasileiro, espero, que as críticas sejam lastreadas nos autos. Não haja transformação de um julgamento técnico, um artefato midiático a mais de mera luta política, repito, externa ao Supremo.”
Dino ainda lembrou que “o Supremo já julgou políticos de todas as posições partidárias e ideológicas”. “Outro dia, julgou o Mensalão, e isso foi um fato ordinário na trajetória do Supremo. Esse tribunal negou habeas corpus ao atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva”, comentou
O ministro também lamentou as críticas ao STF. “Parece que numa abordagem clubística, e que eu lamento que profissionais do direito às vezes adiram, quando o árbitro de futebol marca o pênalti para o meu time, ele é o melhor do mundo. Se ele marca para o outro time, ele passa a ser o pior do mundo. Só que o árbitro é o mesmo, e as regras, as mesmas. E isto, portanto, se presta a mostrar que não há julgamento aqui de uma posição política A ou B.”
Voto de Moraes
Dino foi o segundo a votar no julgamento. Antes dele, o relator do caso, Alexandre de Moraes, votou para condenar Bolsonaro e outros sete aliados pela trama golpista durante o governo do ex-presidente.
Os réus fazem parte do chamado núcleo crucial do plano idealizado para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.
Com exceção de Alexandre Ramagem, Moraes votou para condenar os outros sete réus pelos seguintes crimes:
- Organização criminosa armada;
- Tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito;
- Tentativa de golpe de Estado;
- Dano qualificado pela violência e grave ameaça; e
- Deterioração de patrimônio tombado.
Com relação a Ramagem, Moraes votou para condená-lo por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada.
Por decisão da Câmara dos Deputados, a ação penal contra o deputado em relação aos outros dois crimes só vai ser analisada ao fim do mandato dele.
Bolsonaro era líder da organização, segundo Moraes
Relator do julgamento, o ministro dedicou uma parte do voto para acusar Bolsonaro como “líder do grupo criminoso”. Citou, principalmente, o discurso do dia 7 de setembro de 2021, “quando Bolsonaro falou que só deixaria a cadeira presidencial morto preso ou com a vitória”.
“O líder do grupo criminoso deixa claro aqui, de viva voz, de forma pública para toda a sociedade, que jamais aceitaria uma derrota”, lembrou.
“Isso não é conversa de bar. Não é alguém no clube conversando com um amigo. Isso é o presidente da República, no 7 de setembro, data da Independência do Brasil, instigando milhares de pessoas contra o Supremo Tribunal Federal, contra o Poder Judiciário e especificamente contra um ministro do STF”, acrescentou o ministro.
Moraes rejeitou a tese de que os réus apenas se limitaram a atos preparatórios e afirmou que a tentativa de golpe já estava em curso.
“No Brasil, sempre que as Forças Armadas defenderam um grupo político que se dizia representante do povo, tivemos um golpe, um Estado de exceção, uma ditadura”, declarou.
Caso projeto seja aprovado no Congresso, STF pode decidir se texto fere princípios da Constituição

Em meio à tensão do julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) que analisa a atuação do chamado “núcleo crucial” da trama golpista, parlamentares se articulam para avançar com o projeto de lei da anistia para os envolvidos nos atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023. As informações são do R7,
No entanto, caso a proposta seja pautada e aprovada no Congresso, alguns ministros do STF já deram a entender que o texto será barrado na Corte.
Em julho, Alexandre de Moraes classificou a anistia como inconstitucional.
“Pretende, tanto por declarações e publicações, quanto por meio de induzimento, instigação e auxílio – inclusive financeiro — a Eduardo Nantes Bolsonaro — o espúrio término da análise de sua responsabilidade penal, seja por meio de uma inexistente possibilidade de arquivamento sumário, seja pela aprovação de uma inconstitucional anistia”, escreveu o ministro na decisão que aplicou medidas cautelares ao ex-presidente e réu na ação, Jair Bolsonaro.
Durante a análise do caso de Daniel Silveira, que anulou decreto que concedia indulto ao ex-deputado, o ministro Luiz Fux declarou que crimes contra a democracia não devem ser anistiados.
“Entendo que crime contra o Estado Democrático de Direito é um crime político e impassível de anistia, porquanto o Estado Democrático de Direito é uma cláusula pétrea que nem mesmo o Congresso Nacional, por emenda, pode suprimir”, disse o ministro em seu voto.
No mesmo sentido, a ministra Cármen Lúcia já comentou em entrevistas que conceder anistia nesses casos é um desvio de finalidade. Ela citou crimes como vandalismo e destruição de prédios públicos e afirmou que, no Estado de direito, responde-se pelo crime praticado.
Em abril, Gilmar Mendes afirmou que o PL da anistia “não tem cabimento”.
Segundo o procurador do Estado de São Paulo, especialista em direito constitucional, Francisco Braga, o Supremo pode inclusive se envolver durante a tramitação de um projeto, caso haja uma ação apontando a violação ao devido processo legislativo previsto na Constituição.
“A Corte pode declarar [a anistia] inconstitucional se entender que ela fere princípios constitucionais ou se identificar desvio de finalidade, como o uso do poder legislativo para proteger aliados políticos”, explica.
Caso Daniel Silveira
Em maio de 2023, o ministro Alexandre de Moraes determinou a imediata execução da condenação do então deputado Daniel Silveira. A medida foi anunciada logo após o STF anular o decreto de graça constitucional — concedida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro a Silveira com o intuito de impedir o cumprimento de pena.
Em abril de 2022, Silveira foi condenado à prisão por ameaças ao Estado Democrático de Direito e incitação à violência contra ministros do STF. Em 1º de fevereiro de 2023, ele perdeu o mandato. E, após o julgamento de todos os recursos legais cabíveis, seus direitos políticos foram suspensos.
O que propõe o projeto da anistia
O PL da anistia prevê o perdão a pessoas envolvidas na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 2023.
A ideia é que o texto vá além dos presos pelos atos extremistas e conceda uma anistia ampla, geral e irrestrita — o que beneficiaria o próprio Bolsonaro e investigados pelo STF no inquérito das fake news.
O especialista em direito constitucional Mateus Silveira alega que a defesa, por parte de parlamentares, de uma anistia ampla e irrestrita tem o objetivo de perdoar o ex-presidente Bolsonaro.
“É constitucional criar uma lei com endereço certo, voltada para beneficiar uma pessoa específica? Essa é uma discussão inevitável, caso a anistia seja aprovada. A constitucionalidade da norma certamente será questionada no STF”, acredita.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), deve protocolar um texto alternativo ao projeto, cuja ideia seria diminuir as penas dos acusados de participação nos atos de 8 de janeiro — no caso de punições consideradas excessivas.
A ideia é criar um texto que rejeite o perdão total aos envolvidos nos atos antidemocráticos e não contemple os líderes do movimento, como o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Perguntas e Respostas
Qual é o contexto do projeto de lei da anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro?
O projeto de lei da anistia visa beneficiar os envolvidos nos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Parlamentares estão se articulando para avançar com a proposta, que pode ser pautada e aprovada no Congresso.
O que ministros do STF disseram sobre a anistia?
Alguns ministros do STF já sinalizaram que a anistia pode ser considerada inconstitucional. Alexandre de Moraes, por exemplo, afirmou que a anistia é inconstitucional e que não deve haver arquivamento sumário para os envolvidos. Luiz Fux também declarou que crimes contra a democracia não devem ser anistiados, considerando-os impassíveis de perdão.
Quais são os argumentos apresentados pelos ministros contra a anistia?
A ministra Cármen Lúcia argumentou que conceder anistia em casos de vandalismo e destruição de prédios públicos é um desvio de finalidade. Gilmar Mendes afirmou que o projeto de lei não tem cabimento. Além disso, o procurador Francisco Braga destacou que o STF pode se envolver na tramitação do projeto se houver violação ao devido processo legislativo.
O que aconteceu com Daniel Silveira em relação à anistia?
Daniel Silveira foi condenado à prisão por ameaças ao Estado democrático de direito e incitação à violência contra ministros do STF. A condenação resultou na perda de seu mandato e na suspensão de seus direitos políticos. A anistia proposta poderia beneficiá-lo, mas a discussão sobre sua constitucionalidade é inevitável.
Qual é o conteúdo do projeto de lei da anistia?
O PL da anistia prevê o perdão para pessoas envolvidas na invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília, em 2023. A proposta busca uma anistia ampla, que poderia beneficiar não apenas os presos, mas também o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros investigados no inquérito das fake news.
O que está sendo discutido sobre a constitucionalidade da anistia?
O especialista em direito constitucional Mateus Silveira questionou a constitucionalidade de criar uma lei voltada para beneficiar uma pessoa específica, como o ex-presidente Bolsonaro. Essa discussão será inevitável caso a anistia seja aprovada.
Qual é a posição do presidente do Senado sobre o projeto de anistia?
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, deve protocolar um texto alternativo ao projeto de anistia, que prevê a anistia apenas para penas consideradas excessivas, sem contemplar o perdão total aos atos antidemocráticos e sem incluir líderes como Jair Bolsonaro.
Presidente da Câmara reforçou que o assunto ainda está em discussão. Se aprovada, a lei pode beneficiar Bolsonaro
Agência Brasil
05/09/2025 11:19
Hugo Motta dos Republicanos-PB (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou que ainda não há definição sobre a inclusão, na pauta do Plenário, do projeto que concede anistia aos acusados de golpe de Estado.


“Estamos muito tranquilos em relação a essa pauta. Estamos sempre ouvindo os líderes que têm interesse e os que são contrários”, disse Motta.
Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou nesta semana ser contrário a uma anistia ampla e geral, como defende o PL, partido do ex-presidente. Ele informou que deve apresentar um texto alternativo sobre o tema.
O projeto de lei da anistia defendido pela oposição, liderada pelo Partido Liberal (PL), perdoa os condenados pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023, incluindo os financiadores, incentivadores e organizadores.
A anistia aos condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes voltou ao centro das discussões no Congresso com o início do julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado. Se aprovada, a lei pode beneficiar o ex-presidente.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o ex-presidente de liderar uma tentativa de golpe com previsão de planos de assassinatos do candidato eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, além do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Outros sete aliados do político também estão sendo julgados, entre eles, o ex-ministro da Defesa Paulo Nogueira Batista; o ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; e o vice na chapa perdedora da eleição de 2022, o general Walter Braga Netto.
Os réus respondem no Supremo pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
A única exceção diz respeito ao ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, que, atualmente, é deputado federal. Ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e responde somente a três dos cinco crimes.
Todos os réus negam as acusações.
Na avaliação de especialistas e juristas ouvidos pela Agência Brasil, anistiar crimes contra o Estado Democrático de Direito pode ser considerado inconstitucional.

Uma proposta do deputado estadual Manoel Ludgério (PSDB) reacendeu uma polêmica em relação à penalidade para criminosos sexuais. O parlamentar defende que os estupradores e feminicidas reincidentes sejam castrados cirurgicamente: ou seja, que lhes sejam retirados os testículos e o pênis. “Minha indicação para o debate, foi no sentido de pedir aos deputados estaduais da Paraíba, o aprofundamento do debate, para incluir a castração total (testículos e pênis), para o reincidente, mais pena privativa de liberdade”, enfatizou Ludgério.
A Assembleia Legislativa da Paraíba aprovou o requerimento do deputado para encaminhar a proposta dele ao Projeto de Lei nº 3127/2019, de autoria do Senador Styvenson Valentim (PODEMOS/RN), solicitando a inclusão9 no texto da lei para que seja determinada a castração química (uso de medicamentos para inibir a função testicular) ou cirúrgica (remoção dos testículos), para condenados em crimes de: feminicídio, estupro, violação sexual mediante fraude, estupro de vulnerável (pedofilia), mais pena privativa de liberdade. Em caso de reincidência, seria aplicada a penectomia (cirurgia para remoção total do pênis) mais a pena privativa de liberdade.
“Seguramente, minha preocupação encontra eco na maioria das famílias. Levei ao debate na Assembleia legislativa o avanço mundial dos crimes de: estupro, violência sexual de cianças e adolescents, feminicídio, entre outros, enfatizando que o Brasil ocupa o 2° lugar no ranking mundial de exploração sexual, vitimando mais de 500 mil ano. A cada 24 horas, 320 crianças e adolescentes são explorados sexualmente no Brasil. Apenas 7 em cada 100 casos são denunciados, 75% das vítimas são meninas”, citou o autor do requerimento.
O requerimento do deputado foi enviado a todos os deputados federais e senadores.

O deputado federal Gervásio Maia (PSB-PB) participou, nessa terça-feira (02), de uma reunião com representantes da indústria têxtil, ao lado do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O encontro, que aconteceu na Confederação Nacional das Indústrias (CNI) em Brasília, foi promovido a convite do deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE) e do presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Ricardo Steinbruch.
Segundo Gervásio, a indústria têxtil tem papel estratégico para o Brasil, não apenas na geração de empregos, mas também como vetor de inovação e fortalecimento da economia nacional.
O parlamentar destacou que o diálogo entre governo, setor produtivo e Congresso é fundamental para avançar em políticas públicas que garantam maior competitividade e sustentabilidade à cadeia têxtil, uma das que mais empregam no país.
Confira:
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