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O Guarani voltou a decepcionar na Série B do Campeonato Brasileiro. No Brinco de Ouro, mesmo com um jogador a mais durante toda a partida, o time perdeu de virada para o Goiás por 3 a 2, neste domingo (21), em jogo válido pela 16ª rodada. O Bugre ganhava por 2 a 1 até os 48 do segundo tempo, quando sofreu um gol de pênalti. E aos 57’, Paulo Baya, que substituiu Régis no intervalo, decretou a 11ª derrota da equipe de Campinas na Série B.

Estacionado na lanterna com 7 pontos, o Guarani não ganha há 12 jogos.

“Difícil encontrar palavras”, disse o zagueiro Matheus Salustiano, que anotou o segundo gol bugrino, seu primeiro pelo clube. “Perdemos para nós mesmos.”

O Guarani volta a campo na quarta-feira (24), quando viaja para enfrentar o Amazonas, às 21h30. O zagueiro Léo Santos e o lateral esquerdo Jefferson receberam o terceiro cartão amarelo e cumprirão suspensão. Já o Goiás recebe o CRB no dia seguinte, no mesmo horário.

Neste domingo, o Esmeraldino teve o atacante Rildo expulso logo aos 3 de jogo, foi dominado, mas cresceu na reta final da partida e conseguiu reagir. O time tinha apenas uma vitória nas últimas sete partidas e não ganhava fora de casa desde a terceira rodada. Agora, chega aos 24 pontos na 7ª colocação e volta a se aproximar do G4.

O Goiás não perde para o Guarani há sete anos.

O time do técnico Pintado abriu o placar aos 30’. O goleiro Tadeu fez boa defesa em chute de Airton e, no rebote, Caio Dantas anotou seu sexto gol no campeonato.

O Guarani sofreu empate em jogada aérea de bola parada, assim como tem acontecido nos últimos jogos. Thiago Galhardo fez a cobrança de falta pela direita e Nathan, que havia falhado ao perder a bola no gol bugrino, se redimiu ao cabecear no canto direito. O goleiro Douglas Borges, que substituiu Vladimir, vetado antes do jogo com desconforto lombar, saltou, mas não alcançou a bola na primeira finalização dos visitantes na partida.

No segundo tempo, o Guarani ampliou aos 28’. Após cobrança de escanteio na direita, a bola sobrou para Matheus Salustiano, que dominou e finalizou no canto esquerdo.

No final, o Goiás pressionou e expos a fragilidade defensiva do Guarani. Os visitantes acertaram duas bolas na trave e, nos acréscimos, conseguiram um pênalti após o VAR flagrar bloqueio de mão de Léo Santos na área. Edu converteu a cobrança antes de Paulo Baya anotar o seu e fazer a festa goiana em pleno Brinco de Ouro. Em contra-ataque, o atacante arrancou do campo de defesa e balançou a rede na saída de Douglas Borges.

FICHA TÉCNICA

GUARANI 2 X 3 GOIÁS

GUARANI

Douglas Borges; Pacheco (Reinaldo), Matheus Salustiano, Léo Santos e Jefferson; Gabriel Bispo, Matheus Bueno (Luccas Paraizo) e Luan Dias (Anderson Leite); João Victor, Caio Dantas (Daniel dos Anjos) e Airton (Yan Henrique). Técnico: Pintado.

GOIÁS

Tadeu; Dieguinho, Messias, David Braz (Edu), Lucas Ribeiro e Sander; Wellington (Luiz Henrique), Nathan Melo (Edson Felipe), Régis (Paulo Baya) e Thiago Galhardo (Welliton); Rildo. Técnico: Márcio Zanardi.

Gols: Caio Dantas aos 30’ e Nathan aos 44 do primeiro tempo. Matheus Salustiano aos 28, Edu aos 48 e Paulo Baya aos 57 do segundo tempo.

Público: 4.763

Renda: R$ 44.600,00

Local: Brinco de Ouro.

Juiz: Arthur Gomes Rabelo (ES).

Cartões amarelos: Thiago Galhardo, Luan Dias, Wellington, David Braz, Marcão, Nathan, Airton, Jefferson, Léo Santos.

Cartão vermelho: Rildo.

O crime ambiental que resultou na tragédia no Rio Piracicaba terá novos desdobramentos nesta sexta-feira (19). A megaoperação de limpeza e remoção das 3 toneladas de peixes mortos está prevista para começar nesta manhã. Para isso, os técnicos irão usar um trator aquático. Não há estimativa de prazo para a conclusão do trabalho.

Também nesta sexta-feira vai acontecer uma coletiva à imprensa convocada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), agência paulista responsável pelo controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades geradoras de poluição. No encontro com os jornalistas vai ser informado o valor da multa a ser aplicada à Usina São José, identificada como responsável pela morte dos peixes no Rio Piracicaba.

O Hora Campinas apurou que a multa deve superar os R$ 15 milhões.

Uma empresa privada, a Ambiental Piracicaba, foi contratada pela Prefeitura da cidade para retirar peixes mortos. O desastre ocorreu na Área de Proteção Ambiental (APA) do Tanquã, conhecido como minipantanal paulista.

A operação de limpeza e de apuração da mortandade vai ser coordenada pela Polícia Militar Ambiental. Ao todo, 14 barcos devem ser usados no trabalho, além de outras máquinas, como o hidrotractor.

Um QG foi montado em um ponto do Tanquã, na cidade de São Pedro, para ordenar os trabalhos.

O trator aquático é o único equipamento capaz de fazer a retirada dos animais mortos da água. A empresa escolhida para fazer o trabalho é a Ambiental Piracicaba, a mesma que realiza a coleta de lixo da cidade. Existem pelo menos seis pontos de concentração de peixes mortos no minipantanal.

A suspeita é de que a contaminação se deu pelo vazamento de melado de cana em um afluente do Rio Piracicaba.

O caso

O odor alterado do rio e a mortandade dos peixes foram notados no dia 7 de julho. No dia seguinte, a Cetesb identificou que a fonte poluidora que causou o desastre ambiental era a usina, instalada no município vizinho de Rio das Pedras.

“A Cetesb interrompeu o descarte irregular de resíduo industrial e iniciou as análises das amostras coletadas para definir as punições cabíveis à usina, que incluem multa gravíssima e encaminhamento para apuração de crime ambiental, além de ajustes de conduta por parte da empresa”, disse a Cetesb, em nota.

Na última quarta-feira (17), a Cetesb informou que estava aguardando a conclusão das análises laboratoriais das amostras recolhidas no Rio Piracicaba para embasar o processo administrativo e a penalidade a ser aplicada à usina, produtora de açúcar e álcool.

A Usina São José S/A Açúcar e Álcool informou, em nota, que está acompanhando as investigações sobre a mortandade de peixes no Rio Piracicaba e suas possíveis causas. “Cabe lembrar que as operações da usina estavam interrompidas desde 2020, tendo sido retomadas somente em maio deste ano, e que nos últimos 10 anos houve mais de 15 ocorrências dessa natureza na região”.